quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Regresso mas com calma

 Agosto 2025
 Ciclismo

  Ainda anda o corpo temperado a sol e regado a pinga e já aquele bichinho começava a importunar as  pernas e o fundo da cabeça.
  Depois de duas semanas totalmente parado, era hora de começar para que depois não custasse tanto (como custam os regressos pós-médias-longas pausas).
  Por isso, a terceira semana de férias já ficara reservada para tal.

  Por entre os 35 e os 40 graus, mas toleráveis pois não há subidas árduas e o ar em deslocamento até se aguenta, partindo pelas 09h30 da manhã (sim, porque apesar de tudo, continuam as férias e não vale madrugar), voltas curtas com o único objectivo de rolar.

  Dia 1
  32 km
  27,5 km/h velocidade média
  250 m altimetria
  pernas perras e pouco feeling

  Dia 2
  42 km
  28,5 km/h velocidade média
  385 m altimetria
  soltura e boas sensações

  Dia 3
  62 km
  28 km/h velocidade média
 595 m altimetria
  tudo assim assim, indo...


   Novos caminhos explorados, foram (mais) uma agradável surpresa. Vai-se reforçando o menu com bastante variedade por onde pedalar e sempre com boas estradas.
   Está fechada a loja. 
   Domingo veremos se dá para evitar aquele choque pausa/treinos + árduos ou nem por isso.
   .
   Pelo caminho, fica a eterna dúvida: se é certo que o corpo precisa, necessita e merece descanso, serão 2 semanas o suficiente? Apesar de realizar 3 treinos suaves, não deixam de o ser, treinos. Por outro lado, 3 semanas de total paragem podem ser demasiado? Pelo menos, no regresso, fazem-se ressentir muito mais numa baixa de forma ou desabituação física. Já o experenciei no passado.
    Seja qual a opção mais acertada, o que me move, eu que não sou profissional e nem tão pouco amador competitivo, à terceira semana já apetecia pedalar e por isso....fui.

  



   

quinta-feira, 31 de julho de 2025

Fim de temporada Parte II

 31 julho 2025

  Ena, dois posts no mesmo dia? E vivam as férias!

  Então em tempos de defeso fazem-se balanços por isso vamos lá a isso assim de forma resumidinha (isto tendo em conta o que foi registado na plataforma Garmin, logo pode ter falhado algo, e também do que a cabecinha se lembra):

    (Não contemplando os treinos indoor, os cyclings e a outra modalidade do coração)
   - 54 registos de actividades 
   - 4 Maratonas Btt (somadas ao total acima)
   - 2 tiradas longas: Tróia-Sagres e Setúbal- Elvas
   - média de 4 actividades por mês
   
   outros dados:
     - distâncias mês, durações, FC média, velocidade média: tudo disponivel para consultar na app




   Em jeito de conclusões e começando pelo fim, foi um ano muito positivo e de boas sensações com um término a rondar ritmos superiores aos que alguma vez registei. 
   Muito boas sensações e muitos e bons prazerosos momentos de pedaladas, talvez com apenas uma excepção numa das maratonas de Btt onde me recordo perfeitamente de ter passado um dia não. 
   Um Tróia-Sagres com alegria e um reeditar de uma tirada longa de outros tempos que há muito estava na gaveta para voltar à luz do dia, feita com muita disponibilidade e energia.
   O habitual estágio na Serra da Estrela tamém foi muito bom, sempre com boas sensações e boas prestações em todos os dias.


    Venha por isso mais um ano (e muitos, muitos, muitos mais) e que seja sempre a crescer pelo menos em emoção e prazer.



   

Fim de temporada

31 julho 2025

   Já lá vão uns dias que o corpo vai sendo regado e temperado por fora a àguas frescas e sol quente, e por dentro a tintos, brancos e carnes e peixes bons bons.
  A bicicleta veio, mas veio em cima do tejadilho do carro....Aquilo que era para ser um fecho de temporada com uma última jornada, foi boicotado por um percalço na noite que antecedeu a viagem.
  Mas às vezes até parece que há males que vêm por bem: um tendão no solear que parece um pau e o vento que se fez a sopros fortes de este para oeste, significariam dois obstáculos duros de roer para uma epopeia de 6 horas mais coisa menos coisa.






   Assim, venha para já o merecido repouso que o corpo tanto necessita, isto pese embora a cabeça só queira ir, ir, ir.
   E se a boa vida sabe tão bem, não é menos verdade que a pedalada também e por isso, mesmo neste periodo de pausa, vou sempre magicando ideias, projectos, intentos para novo periodo que aí virá.
   E a bicicleta veio sim pois a ideia é começar a introduzir algum treino na última semana de férias. Assim haja vontade (porque obrigatoriedade não há nenhuma) e saúde.

   Em jeito de balanço deste "ano lectivo".... fica para o próximo post ;-)

   

quinta-feira, 10 de julho de 2025

E provas, nada?

 10 julho 

  Em data que já se vai fazendo uma séria aproximação às férias, a cabeça começa a fazer balanços de final de temporada e logicamente vem ao sentimento que aquelas promessas, desejos, intentos (o que lhe queiramos chamar), pensadas anteriormente, ficaram (algumas delas) na gaveta de baixo da secretária.

  É por isso normal que seja salpicado a esta hora (vá... e antes também já o fôra), pelo pensamento que faz algum tempo que não coloco os pneus na terra.
  De quando em vez fui espreitando o calendário de provas, mas acabei sempre por me deixar levar por aquilo que me está a saber melhor agora que é a estrada de roda fina.
   Ainda assim, falhei dois nos quais à última da hora, não consegui o milagre da inscrição e ficaram-me atravessados e aguçadores de vontade um pouco mais.



   Por isso, talvez já não aconteça antes das férias, não se sabe. Mas sabe-se que está cá a vontade e a sensação de missão falhada neste apartado.


sexta-feira, 27 de junho de 2025

na Estrela ou constróis ou....

   Ainda sobre o estágio.

   São 3 ou 4 dias a pedalar. São dias duros? são. As voltas são longas por maioria e trazem consigo altimetrias sempre elevadas, adornadas aqui e ali por inclinações mais severas.
   A componente física é assim trabalhada duramente pelo endurance. Não há grandes loucuras de ritmo como numa prova (a descer somente...) mas também não é sequer perto de cicloturismo. Não é fácil. Há que saber aguentar, saber gerir.
   Se pensarmos que este não é um registo habitual ao longo do ano (3 treinos seguidos de longa duração e altimetria considerável), equaciono a realidade dos benefícios.no que ao ganho de forma diz respeito.
  Mas para mim, os benefícios vêm de tudo o resto: as subidas longas aprazem-me, a paisagem encanta, o ar puro preenche, o pouco movimento de pessoas e carros torna as estradas delciiosamente circuláveis.
   Depois vem ainda a adrenalina: a adrenalina de cada descida, cada uma de seu tipo; a adrenalina de cada subida, cada uma um desafio; a adrenalina de mais um treino duro realizado. A adrenalina da incerteza metereológica onde tudo pode ser encontrado. De ventos fortes com rajadas, frio ou temperaturas elevadas, pode-se apanha de tudo em dias diferentes ou no mesmo dia.
   E por último, é sempre aquele condimento especial que é chegar-se ao topo mais alto do país. Faça-se quantas vezes se faça, mas sempre que lá se chega, o sentimento é igual. O misticismo daquele marco circundado pela estrada não tem igual.
   Este ano foi um visitá-lo por três vezes. Em cada dia houve lugar a marcar presença.
   Até lá chegar, viaja-se por um mundo de pensamentos compostos ou vazios. Revisita-se a vida, sentem-se estados de alma, por vezes até um vazio de alma. Talvez esta seja a melhor das sensações que posso experenciar nas horas a fio subindo serra acima,

  Acima de tudo é isto o melhor que se pode retirar de cada momento, seja ele do que for. Para mim, a Estrela é precisamente isso, como uma estrela, linda, reluzente, brilhante, lá no alto, e que nos faz sonhar durante a viagem até si.
   Fica sempre uma vontade enorme de voltar.

domingo, 15 de junho de 2025

Estágio Serra Estrela 2025

  Ciclismo
  07,08,09 e 10 de junho

   Chegada aquela altura do ano em que rumo com a equipa para a serra mais alta de Portugal.
   Viagem no sábado de manhã para reunir com os que já lá estão. Este ano foi um autêntico entra e sai. Uns foram mais tarde, outros vieram mais cedo, outros ficaram o tempo todo.
    Acomodações maravilha, refeições e snacks na sacola, roupinha para o quente e para o frio, tal como o equipamento de ciclismo porque apesar das boas previsões metereológicas, isto na serra nunca se sabe. E claro, a bicicleta pronta, com direito a lavagem e travões novos.
    Mas no saco trazia uma preocupação adicional, uma que já me lixara uma vez precisamente este estágio, uma que de quando em vez aparece: o exmo. sr. dr. joelho direito.
    Foram duas semanas a tratamento pessoal a ver ficava pelo menos seguro por pontas, embora nem isso parecesse.
    No saco levava a ambição de pelo menos conseguir pedalar um dia inteiro e depois logo se via.

   Dia 1 - domingo
    A malta já trazia um dia nas pernas e afinal não tão curto quanto isso. No programa, entre outras subidas e descidas, estava guardado para o fim algo que faltava no meu currículo: a subida da Covilhã até à Torre (esta mesma que me escapou num ano em que o joelho não quis...).
    Uma subida que conhecia bem (de carro) e já feita no sentido inverso, ou seja, uma descida que conheço bem, mas que nem assim deixou de surpreender pela dureza inicial.
    Os 40 graus que se faziam sentir também não ajudaram mas havia que pedalar. Passado o primeiro terço e parte do segundo, a gerir os bidons e o suor a pingar do capacete, foi colocar ritmo serra acima. Perto do final, umas caimbras fizeram-me gritar de tal forma que se deve ter ouvido em todo o Vale Glaciar. Coloquei o pé no chão, respirei fundo e superando as dores em asgar de sofrimento, pedalei até que não as sentisse mais. Aqui estava a paga da sudação, do calor do dia e da dureza inicial da subida.
   O grupo foi-se partindo e espalhando por toda a estrada e só no cume haveria lugar a reunir as tropas. Enquanto esperava, bebi perto de um litrinho de água. 
   A descida para o lado de Seia fez-se com naturalidade e muita velocidade.
   À chegada, retemperar o estomago e hidratar bem (sopa, comida caseira e àgua com fartura) e colocar o corpo de molho na piscina.


sim, nem mesmo lá em cima havia neve. Mas havia uma praga de insectos que não permitia abrir a boca sequer. Milhares! Sim, milhares!!




  Dia 2 - segunda-feira
   Partira um de véspera, hoje partia outro, chegavam dois com sangue fresco e muita gana.
   Mais uma volta, desta vez com menos km (consegui convencer os recém-chegados a guardarem cartuchos para o dia seguinte, isto porque outros já haviam decidido fazer algo mais curto).
   O menu trazia a Sra. do Desterro, outra bela subida com ida até à Torre...outra vez.
   Mas antes disso houve que visitar a loja da especialidade ainda antes de iniciarmos: uns travões de disco que foram limpos com produto inadequado e um pneu (meu) que ficou nas lonas na véspera, precisaram de cuidados.
    Acusei algum desgaste do dia anterior e um ventinho norte a caminho da barragem grande, ajudava a quebrar o andamento.
   A descida fez-se sem grandes aventuras que o material estava a ser testado.
   A tarde reservou novamente confortar a barriguinha com paparoca e as pernas com aguazinha fresquinha.


o trânsito a modos que complicado ali para os lados do sterrato...



   Dia 3 - terça-feira
   Mais uma grande epopeia reservada para este dia.
   O joelho ia aguentando (apesar de na cabeça residir sempre a dúvida de até quando poderia aguentar), e as pernas pareciam hoje melhores, após finalmente ter uma noite de sono em condições (as duas anteriores foram muito mas muito mal dormidas).
   O sterrato era o prato forte do dia. Não é mais que uma pequena tirada em terra batida numa estrada secundária que vem de Unhais da Serra.
   Mas pequena não era a volta nem a subida que nos levaria novamente... ao alto da serra.
   As sensações não estavam más na primeira fase, mas foi quando começou a subida à séria que as pernas se soltaram e em ritmo controlado, sem forçar, foi sempre a andar.  
   O pior estava guardado para a descida. Vento forte e com rajadas sacudiam-me ou empurravam-me para fora de mão (felizmente os carros que vinham e iam, tiveram cuidados) e para fora da estrada. Cheguei mesmo a ter que parar para não ir ao chão. Não estava fácil e foi devagar que se fez a parte inicial até à grande lagoa. Depois aliviou um pouco. Este esqueleto leve não se dá bem para asa delta...
    As malas estavam feitas e após um banho rápido e preparos de viagem, fiz-me à estrada para regresso à vidinha do dia a dia que no dia seguinte já se trabalhava.

   Belos dias, pernas firmes e fortes para subir, o joelho aguentou.
   Muita sandocha de presunto e queijo da serra e de carne assada com uns sumos a acompanhar. Muitos bidons de água.
    De estupefacientes apenas electrólitos num bidon e o gel patrocinador da equipa, porque ja nao tinha mais nada no bolso para comer e deu aquela fomeca.
    Os pequenos-almoços, lanches e jantares tudo com comida de gente normal.

    Este é o relato técnico. Em breve, o relato poético. 

domingo, 25 de maio de 2025

Licença para subir

    25/05/2025
    Ciclismo

     Deixando escapar uma prova de BTT às portas de casa, e com muita rapaziada por fora para prova de estrada, fomos 3 na habitual domingada.
     Dia para testar as pernas e subir um pouco mais que o habitual.
     A manhã prometia calor mas esteve sempre uma brisa suave que amenizou o pior.
     Boas sensações nas pernas, excepto o joelho que ficou a queixar-se.
     Em vésperas de estágio de altitude, não é bom apanágio. Há que dar trato nestas duas semanas que se seguem.

     Foi ao lume 3 bidons de 0.75L + duas sandochas+banana+nozes.
     3h e qualquer coisinha com 1.700 acumulado e uns 90 e tais km.